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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

A Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 1

Claro que dividir o último livro da saga em dois filmes foi uma jogada totalmente comercial. Não foi como em Harry Potter e as Relíquias da Morte por exemplo, onde o material era realmente suficiente para dois filmes.

Mesmo assim, Amanhecer Parte 1 não é, nem de longe, tão enfadonho quanto eu esperava.

Se muita gente fala que neste capítulo a franquia acaba de estilhaçar a mitologia dos vampiros apresentando uma história onde uma humana engravida de um vampiro morto-vivo (!), eu digo: Dane-se. Como uma obra de ficção a autora pode fazer vampiros conviverem com ursinhos carinhosos se ela quiser, desde que isso traga a trama algo interessante ao seu público. E a idéia de Bella Swan ter um bebê assassino dentro dela, que a está matando aos poucos, e a obrigando a tomar sangue ainda na condição humana, é provavelmente, a melhor idéia que Stephenie Meyer já teve.

É bizarro, pra falar o mínimo. O problema, é que como em todos os capítulos da saga até agora, esse mote interessante é cercado de coisas totalmente desinteressantes, e o romance fica mais água com açúcar do que nunca, chegando ao ponto de a vergonha alheia se tornar uma constante durante a projeção. No livro, esses diálogos estavam espaçados por longas (beeeem longas) passagens de descrições, o que nesse caso era até um ponto a favor. No entanto, depois da metade do esses defeitos diminuem consideravelmente, e o filme passa rápido.

Tecnicamente, esse Amanhecer parece um pouco pior do que o anterior, principalmente nos efeitos. A única coisa que parece ótima, é a fotografia de Guillermo Navarro. A trilha sonora está pior que os anteriores assim como as atuações de grande parte de elenco. Exceto pelo ator que interpreta Charlie, ele é muito engraçado em algumas cenas. Quanto a Kristen Stewart, vamos parar de crucificar a moça, ela é insossa, chata e sem carisma, simplesmente por que Bella Swan é insossa, chata e sem carisma. Pra quem leu o livro, dá pra ver que a atriz cria a personagem de forma exata, mesmo que isso não seja bom.


A direção de Bill Condon não se destaca, mas também não é ruim. Algumas cenas são boas, como a do parto e a do Imprinting de Jacob. Esta última só é estragada pela edição maluca, que corta uma cena bonita de forma totalmente abrupta.

Pra falar bem ou mal, eu li todos os livros da série. Gostei do primeiro, o segundo não consegui terminar, pois, assim como o filme, Lua Nova é absolutamente sem graça. De Eclipse eu gostei bastante, embora fosse ainda um pouco irritante em algumas partes. Já Amanhecer em livro, é cheio de altos e baixos. Muito longo, e com um final no mínimo (muito) decepcionante. A conclusão que cheguei é a seguinte: É uma série que não tem nada demais, nem pra bom, nem pra ruim. As críticas exageradas em cima da obra só fizeram aumentar a curiosidade em cima dela. Quando fui ler o primeiro, a maioria das pessoas que haviam lido me falavam que era legal. Não diziam que era incrível, nem que era uma merda. Mas depois de um tempo e de muitas críticas começarem a rodar o mundo por todos os veículos de mídia possíveis, também surgiram os amantes incondicionais da série. Quem antes gostava, agora amava, e quem antes não dava atenção, agora odiava. Nesse vai e vem, Meyer ficou podre de rica, e ninguém mais percebeu que, como eu disse, a série não tem nada demais.

NOTA: 5,0 (Média)

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