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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

L&PM lança seu selo de mangás.



Olá pessoal, venho dar uma notícia que pode estar meio velha a essa altura, para aqueles que acompanham a indústria de quadrinhos ou mangás e animes. Trata-se da notícia de que a editora gaúcha L&PM vai finalmente lançar mangás em seu selo Pocket.

Há um bom tempo havia o rumor, mas nesta segunda veio a confirmação por meio de um vídeo postado no canal da editora, vídeo que pode ser conferido no link.

E bom, parece que a editora começou com o é direito. No vídeo nota-se que o acabamento dos mangás estão excelentes e que não há vestígios do papel jornal habitual. Papel branquinho, bonitinho, como manda o figurino.

O preço está em R$15,00, o que a meu ver é justo em decorrência da qualidade superior a das demais editoras. Além disso, os dois títulos iniciais são obras excelentes, de renome internacional.

Histórias de Menino, do autor Mitsuru Adachi, famoso por suas histórias de pureza e delicadeza únicas, conta várias histórias curtinhas e emocionantes, principalmente sobre a nostalgia de quando se era criança. E Solanin, de Inio Asano, série em dois volumes que conta a história de um casal de namorados, com seus questionamentos e dificuldades. Essa última aliás me interessou muito, vou comprar com toda a certeza do mundo, por isso espere pra ler uma resenha caprichada em breve aqui no Caldeirão Furado.

Bom, é isso. Boa sorte a L&PM, tomara que venha através da editora, cada vez mais mangás diferenciados como estes. Só me resta saber se esses mangás vão ser vendidos em livrarias, nas bancas ou apenas em feiras e pela internet. Tomara que chegue as bancas sem nenhum problema, é esperar pra ver. Assim que eu tiver uma notícia sobre isso, posto aqui. Fui.

domingo, 20 de novembro de 2011

Hell on Wheels 1x01 e 1x02 – Review



Hell on Wheels é a mais nova aposta da AMC, emissora que é a casa de algumas das séries de maior sucesso atualmente, além de geralmente serem de ótima qualidade, como Breaking Bad, Mad Men e The Walking Dead (essa última anda meio fraquinha...).

HoW me chamou a atenção por ser uma série de época, por conter os temas vingança e ganância, além de ser da AMC por si só, já que é certeza de uma boa produção.

Queria escrever esse review quando saiu o primeiro episódio, mas resolvi esperar para ter uma opinião mais formada a respeito da série. E acho que eu fiz certo, já que no segundo episódio as coisas começam a fluir melhor e os personagens a se desenvolver.

Logo no início do primeiro episódio, é possivel notar a bela fotografia empregada, que caracteriza bem o clima pesado da história e das locações. Hell on Wheels fala da construção da ferrovia Pacific Railroad, chamada de Hell on Wheels pelos trabalhadores, que passa bem no meio de território indígena, o que ocasiona constantes conflitos entre os índios e os trabalhadores. Mas claro, a construção da ferrovia é apenas o pano de fundo para a história de Cullen Bohannon, um ex-soldado confederado que está em busca de vingança pela morte da esposa. Além dele, existem outros personagens importantes, como Thomas Durant, um dos personagens mais legais até agora, manipulador, ganancioso e muito intelignte. Elam, ex-escravo que percebe que a vida como homem livre não é muito melhor. Lily Bell, a mulher que está fugindo dos índios depois da morte do marido. No segundo episódio surge outro personagem muito bom, o “sueco”, excelentemente interpretado por Cristopher Heyerdahl.

Técnicamente falando, a série é ótima. Além da já falada fotografia, a direção e o roteiro são ótimos e as interpretações quase sempre excelentes. Apenas uma cena ficou devendo na minha opinião, no primeiro episódio, a cena onde Lily e seu marido lutam contra um índio. É arrastada e a montagem é estranha. A trilha também não funciona nessa parte, que ficou simplesmente tosca. Mas é só uma cena, nada que estrague a experiência, que nestes dois primeiros episódios é muito agradável. Se fosse dar uma nota para os episódios, daria um 8,0 para o primeiro e um 9,5 para o segundo. O que conta, é que a série já me prendeu e estou ansioso pelos próximos episódios. Ao que tudo indica, a AMC acertou denovo. Só estou na dúvida de o quanto esta série pode se extender, tendo uma premissa que parece que vai se cumprir a curto prazo. Mas, também me perguntava isso sobre Prison Break, e esta rendeu quatro excelentes temporadas. É esperar pra ver.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

The voices of a distant star - Review


A alguns meses comprei um One-shot na livraria que me chamou muito a atenção pela pequena sinopse "Muitos anos-luz separam um casal de amigos. Para continuarem próximos eles trocam mensagens pelo universo" essa é a premissa pela qual a história de The voices os a distant star gira, a tradução literal do titulo seria "As vozes de uma estrela distante" e digo que não me arrependo.

História


The voices os a distant star é um mangá volume único baseado em uma animação japonesa de mesmo nome escrita e animada por Makoto Shinkai, que se tornou famoso por ter feito a animação sozinho, isso mesmo, ele fez o anime longa metragem sem uma equipe ou produtora, e diga-se de passagem e o resultado foi muito bom.

O mangá conta a história de uma casal de amigos que se separam após Mikako Nagamine que é a garota, partir em uma viagem espacial para um planeta distante habitado por Tahcians que são um tipo de alienígenas primitivos. Noboru que o garoto fica na terra e continua levando sua vida normal, alias a história se passa no ano de 2046. Separados ambos guardam um amor não declarado um pelo outro e continuam se comunicando por mensagens eletrônicas enviadas através do espaço. Conforme Mikako vai se distanciando mais e mais da terra as mensagens começam a levar mais tempo para chegar e isso os vai afastando consequentemente.

Noboru descide então continuar a sua vida e tenta se relacionar com outras garotas para esquecer o seu amor que jaz tão distante. Em contrapartida Mikako enfrenta crises, medos e até traumas ao ver colegas de missão sendo mortos pelos tais alienígenas. Mesmo separados o amor dos dois permanece porém chega a um ponto que cada mensagem começa a levar cerca de um ano para chegar a terra, e assim aumentando o tempo gradativamente. Noboru já não sabe se deve esperar a "amiga" pela qual ele é apaixonado, pois a distancia é tão grande que talvez nunca mais se vejam ou consigam se falar.

Bom como essa história termina fica a critério de quem ler, mas o fim ficou muito bom na minha opinião. A história em geral tem uma premissa muito original, mesclando o clima de romance com um mundo em um futuro não exagerado unido a dramas crises e questionamentos sobre diversos ângulos e aspectos. O clima no mangá é bem bucólico e triste, sempre levantando perguntas sobre sentimentos e correspondência amorosa, porém de uma forma leve e agradável. Quero deixar claro que a relação dos dois apesar de ser situada em uma fantasia é extremamente real e humana. É difícil ver histórias que retratem com tanta verdade e humanidade a relação de duas pessoas tímidas que perderam a oportunidade de ficarem juntos.

Arte do mangá


O mangá vem com a proposta de levar a história do anime para as páginas sob os desenhos de Mizu Sahara que são competentes, mas na minha opinião genéricos no quesito designe de personagens, isso por que ao ler o mangá várias vezes me perdi, pois não sabia diferenciar alguns personagens. os cenários são simples, mas combinam bem com o clima que a história deseja passar. Apesar de escacez de detalhes nos cenários fica claro que a proposta do mangá não é ser quadro realista, pois o mangá se concentra na história e no drama vívido pelos personagens.

Para mim a arte do mangá me passou a impressão de que tudo aquilo era uma espécie de lembrança sendo mostrada ao leitor, pois quando temos lembranças elas se apresentam como imagens escassas de detalhes com partes brancas nos cantos. Claro isso no mangá, pois no anime tudo é nítido e claro. Para finalizar a capa do volume assim como as capas internas apresentam desenhos pintados em aquarela que passa a mesma sensação de leveza, simplicidade e tranquilidade da arte em geral.

Edição Brasileira


A capa do mangá é a mesma da original japonesa, a parte interna tem os desenhos também correspondentes nas edições japonessa e americana. No mangá publicado noa EUA as páginas iniciais são coloridas, já a nossa edição não teve esse tratamento especial, o que é uma pena, pois por ser um volume unico e ter pinturas em aquarela fica a sensação de que ficou faltando algo. A tradução está muito boa, assim como as adaptações na grafia interna do mangá. O papel é o habitual encontrado nos mangás da panini. O indice do mangá na minha opinião ficou muito simples e deixa a desejar. No geral a edição da panini ficou dentro da média devido ao valor e ao numero de páginas.

Considerações Finais


Recomendo The Voices os a Distant Star por ser uma leitura diferenciada, agradável e que adiciona bastante ao psicológico de quem lê, alem de conseguir ir criando uma expectativa para ao leitor a cada capítulo. Fique ai com o prologo do mangá para incentivar a sua leitura.


Eu tenho saudade de várias coisas.


Das nuvens de verão e da chuva gelada.


Do aroma do vento de outono e da maciez da terra na primavera.


Da sensação de conforto ao encontrar uma loja de conveniência aberta no meio da noite.


Do ar fresco no caminho de volta para casa depois da aula.


Do cheiro do apagador do quadro negro.


Eu sempre quis compartilhas essas sensações com você.


The Voices of a Distant Star

Volume único

Valor: R$ 10.90

242 Páginas

Nota: 9