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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Matéria - O Vício Em Breaking Bad



Não é muito raro eu me surpreender com a qualidade de uma série de televisão americana. O número de séries espetaculares é enorme, e eu não deixo de me surpreender também com o vício que algumas causam. Como pode um filme de duas horas às vezes não conseguir prender tanto quanto uma série de vários episódios e temporadas?

Claro, as séries tem mais tempo para fazer com que os expectadores de certa forma se aproximem dos personagens, mas criar uma história que deixe o expectador sem fôlego episódio após episódio é uma tarefa complicada, que alguns roteiristas desempenham magistralmente. E nesse aspecto, tanto o criador de Breaking Bad, Vince Gilligan quanto os outros roteiristas que o auxiliam estão de parabéns.

A série é tão viciante quantos as drogas nela mostradas. Desculpe esse trocadilho, mas ele é normal em se tratando de Breaking Bad.



A série segue principalmente o personagem Walter White, um professor de química decadente, que já ganhou um prêmio Nobel no passado, mas agora se resigna a ensinar um bando de jovens que não estão nem aí para a sua matéria. Além disso, Walter descobre que está com câncer de pulmão, sem nunca ter tido nenhum vício. Depois de participar de uma blitz com seu cunhado, um agente da Narcóticos, Walter reencontra um antigo aluno, Jesse Pinkman, que está envolvido na produção de anfetamina. A partir da experiência, Walter descobre que a produção da droga pode render muito dinheiro, e propõe a Jesse uma parceria. Sendo ele um habilidoso químico, eles podem produzir a melhor anfetamina da região, e faturar muita grana. Para Jesse, é apenas uma oportunidade de levantar um bom dinheiro, e para Walter, a forma de conseguir a grana necessária para deixar a sua família bem financeiramente depois que ele se for.



A primeira temporada, que dispõe apenas de sete episódios, apresenta bem os
personagens, mostrando suas reações a diferentes tipos de situações, e mais ou menos como funciona a sua mentalidade. Também demonstra bem em que resultam suas ações.

Já na segunda, a coisa muda completamente. No segundo episódio você está completamente viciado, os acontecimentos levam a outros mais complicados de forma realista e gradativa. Toda a segunda temporada leva a um final louco, que te deixa ansioso pela continuação. Além disso, o drama mostrado e as situações, levam a história em em outra direção.

Na terceira temporada, após o fim espetacular da segunda, as coisas parecem se ajeitar, mas na verdade se complicam ainda mais, fazendo com que Jesse e Walter se metam em negócios que eles nunca iriam imaginar. As coisas se complicam para Walter também em casa, onde os problemas que tem com a esposa alcançam um nível insustentável.



A quarta temporada acaba de terminar, com um final eletrizante diga-se de passagem (não venha me dizer que a cena de Gus é impossível ou inverossímil, é foda e pronto!). Agradeço aos produtores e roteiristas por não deixarem um gancho para a próxima temporada – como aconteceu da terceira para a quarta -, pois já é torturante o suficiente esperar uma semana por um novo episódio, imagine um ano.



Há pouco tempo atrás, li uma matéria que dizia que Breaking Bad era a melhor série da atualidade. Duvidei e paguei com a língua. Depois da segunda temporada, Breaking Bad é simplesmente eletrizante. Em nenhum momento deixa a peteca cair. E olhe que não é uma das série mais convencionais. O ritmo é lento, e por vezes passamos vários e vários minutos apenas apreciando um diálogo.

O que evoca outro ponto de destaque em BrBa: Os diálogos são muito próximos a realidade. Às vezes, os personagens simplesmente conversam sem chegar a lugar nenhum a princípio. As conversas começam despretensiosas, banais, e dali a pouco estão chegando ao ponto de interesse. Assistir a um episódio de Breaking Bad é algo a ser apreciado, curtido.

Alem disso tudo, vale lembrar os aspectos técnicos. A direção dos episódios é um exemplo para as outras séries do gênero. O humor é coisa fina. Inteligente e não pra qualquer um. As atuações são brilhantes e a trilha muito boa.



Agora, posso concordar: Breaking Bad é a melhor série atual. Ok, não vi Mad Men ainda (apenas dois episódios) e além dessa, acredito que Breaking Bad ainda esteja um nível cima da aclamada Game of Thrones. A AMC está de parabéns mais uma vez. Mas devo dizer que eles devem liberar mais grana para as séries. É uma crítica recorrente a emissora, cujas políticas já prejudicaram outras séries como The Walking Dead. Mesmo assim, assista Breaking Bad!! Está perdendo tempo!

Um comentário:

  1. Não tem outra não cara,com certeza a melhor série que já assisti!Estou tendo convulsões aqui pela 5ª temporada...Foooooda!

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