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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mangá - Resenha: Darker Than Black





Sou fã da série animada de Darker Than Black, principalmente a primeira parte, chamada Kuro no Keiyakusha que começou a ser exibida no Japão em abril de 2007. A série conta a história de Hei, um contratante – pessoas que adquiriram poderes após o surgimento de um estranho local em Tóquio, chamado Hell’s Gate – que trabalha para uma organização chamada apenas de “O Sindicato”. Ao lado de Yin – uma doll, um tipo diferente de contratante, que em tese não possui vontade própria – Huang – um homem
que passa as missões a Hei – e Mao – um gato falante – Hei realiza várias missões.

Nessa primeira temporada a série tem um tom episódico, típico de algumas séries de investigação como Arquivo X e CSI. A cada dois episódios temos uma nova pequena trama, ao mesmo tempo que a trama principal avança um pouco, mostrando o passado dos personagens e seus objetivos.

A série foi adaptada para mangá, mas não um mangá que conta a mesma história do anime, como normalmente acontece. A história do mangá é inédita, escrita por Tensai Okamura, diretor e roteirista de todos os animes. Isso por si só é um alívio, já que era mais certo que ficasse no nível da série animada, e o mangá nada mais é do que mais um dos casos mostrados no anime.

A história gira em torno de Kana, uma garota que perdeu o pai recentemente, mas esbarra nele na rua certo dia. Intrigada ela começa a investigar e acaba se deparando com o mundo de Hei, dos contratantes, e de um estranho projeto chamado “Wiengenlied”. A história é cheia de bons momentos, como quando a mãe de Kana aparece no segundo capítulo e vemos como ela ficou depois de perder o marido. No entanto, a história também é bem básica, e não agrega nada ao universo de DTB. Além disso, não espere ver a Yin no mangá, e mal vemos o Huang, dos coadjuvantes de sempre, apenas Mao é presença constante.

Falar em Mao no mangá nos leva a questão do traço e da arte. O tipo de arte aqui é bem mais parecida com o gênero shoujo, ou seja, bem mais delicada que a do anime. Por que falar em Mao leva a falar da arte? Porque foi o personagem que mais sofreu com essa mudança no estilo do traço, se ele não fosse um gato, nunca teria me passado pela cabeça que ele era o Mao. Ainda sobre a arte, dois fatores incomodam: alguns personagens são muito parecidos, e as lutas muito confusas. Mesmo assim, é uma arte bonita, e agrada.

Vale a pena comprar?

Se você for fã do anime como eu, com certeza. Além do mais, são apenas dois volumes, bem editados pela Panini – o padrão da editora, capa interna colorida, papel jornal mais ou menos e quanto a tradução e adaptação, tudo em ordem também, com os honoríficos intactos – e com preço acessível. Não é uma grande obra, mas tampouco merece ser deixada de lado. Com tantos mangás ruins por aí, vale a pena dar uma chance, mesmo que não seja fã do anime.

Darker Than Black – Vol. 1 e 2

Publicação: Completa

Nº de páginas: 190

Editora: Panini

NOTA: 7,0

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