Aaron Sorkin ganhou
o Oscar de melhor roteiro adaptado em 2011 pelo excelente “A Rede Social”,
dirigido por David Fincher. Nesse filme é possível ver todas as marcas
registradas de Sorkin em sequência: A verborragia, os diálogos rápidos e o walk
and talk, as mudanças bruscas de tempo e espaço... Só que é um filme com o
roteiro adaptado de uma obra (praticamente) biográfica. Não era possível ver
como Sorkin conduz uma história criada por ele.
Sorkin escreve
episódios de séries pra televisão há muitos anos. Foi o criador de Sports Night The West Wing,
Studio 60 on the Sunset Strip e a nova e badalada The Newsroom. Eu,
assisti as duas últimas, e posso afirmar com toda a certeza, que são duas das
melhores séries que eu já vi na vida. E olha que eu já muitas, mas muitas
séries.
Comecemos falando de
Studio 60, atualmente no meu Top 5 de séries. Studio 60 trata da vida de
algumas pessoas qe fazem um programa de humor em uma rede aberta fictícia
americana. Os protagonistas são o roteirista Mathew Albie(Mathew Perry) e o
produtor executivo do programa, Danny
Tripp (Bradley Whitford). A série é uma crítica direta as produções televisivas
burras e alienantes. O “entretenimento de massa”. A tentativa dos protagonistas
em fazer um programa de humor que seja, de fato, engraçado e ao mesmo tempo
crítico, é o ponto central da história. E é inegável que Sorkin leva jeito para
escrever esse tipo de história. Studio 60 começa com uma cena bombástica,
arrepiante mesmo, e a forma como os vários plots da série são conduzidos a
partir daí é exemplar. Os diálogos, o humor, os romances e as amizades das
pessoas no set são geniais.
Além disso, xão explorados temas relevantes tanto no programa quanto na vida dos produtores e atores. Os Romances entre Mathew e Harriet Heyes (a adorável Sarah Paulson), uma das atrizes do show, e o de Danny com Jordan McDeere (Amanda Peet em um papel no mínimo mil vezes melhor do que qualquer outro em que eu já a tenha visto) são conduzidos com maestria. Além disso, todos os coadjuvantes são incríveis, a série explora várias esferas dentro da emissora de TV, dos atores, a presidente, intercalando tudo de forma a deixar o espectador interessado em tudo o que pode vir a seguir. Você quer ver no que vão dar os romances (além dos dois principais tem mais um, muito bonito), mas também quer ver como vai se desenrolar aquela história do processo que a emissora sofreu e todos os outros plots. É incrível.
Além disso, xão explorados temas relevantes tanto no programa quanto na vida dos produtores e atores. Os Romances entre Mathew e Harriet Heyes (a adorável Sarah Paulson), uma das atrizes do show, e o de Danny com Jordan McDeere (Amanda Peet em um papel no mínimo mil vezes melhor do que qualquer outro em que eu já a tenha visto) são conduzidos com maestria. Além disso, todos os coadjuvantes são incríveis, a série explora várias esferas dentro da emissora de TV, dos atores, a presidente, intercalando tudo de forma a deixar o espectador interessado em tudo o que pode vir a seguir. Você quer ver no que vão dar os romances (além dos dois principais tem mais um, muito bonito), mas também quer ver como vai se desenrolar aquela história do processo que a emissora sofreu e todos os outros plots. É incrível.
O único defeito da
série acabou sendo aquilo que ela mais critica. Studio 60 passava na NBC, um
canal aberto. Uma série como esta, normalmente não faz sucesso na TV aberta,
onde o entretenimento é justamente aquele considerado “de massa”. Resultado: A
série foi cancelada com apenas uma temporada produzida, e com um final que
apesar de satisfatório, poderia ter sido infinitamente melhor trabalhado. Isso
é tão irônico... Durante a série, uma das histórias apresentadas é a tentativa
de Jordan de levar uma série sobre as nações unidas a sua emissora, visando
aumentar o nível do entretenimento proporcionado. Um dos personagens fala isso:
“Esse programa teria muito mais futuro na HBO!”. E isso acaba valendo para
Studio 60 também, se fosse da HBO, talvez estivessemos hoje assistindo a sua
sétima ou oitava temporada...
Mas então, quando
tudo parecia perdido, Aaron Sorkin ataca novamente. Desta vez na HBO, com a
espetacular The Newsroom. Esta nada mais é do Sorkin tentando de novo. Ele que
fazer o que ele não conseguiu em Studio 60, e desta vez, tudo indica que terá
sucesso. Praticamente tudo que fazia de Studio 60 uma ótima série está presente
em The Newsroom: Um elenco nada menos do
que estelar (sinceramente, não sei de qual elenco eu gosto mais), contando com
Jeff Daniels, Emily Mortimer, Alison Pill (Sim, é Kim Pine de Scott
Pilgrim!!!!! É a coisa mais lindinha do mundo), Dev Patel ( de Quem Quer Ser um
Milionário?) entre outros tão bons quanto. As tramas das duas séries são muito
parecidas, troca-se o set de um programa de humor pela redação de um telejornal
e voilá. Temos dúzias de personagens carismáticos, episódios dirigidos de forma
magnífica (Studio 60 também tinha isso), além de muito bem escritos, com todas
as marcas de Aaron Sorkin (embora The Newsroom nos deixe respirar com mais freqüência
do que o habitual). Se os episódios 4 e 10 principalmente, não fizerem você
ficar roendo as unhas ( o final do episódio 4 mesmo não é nada menos que
devastador), então não precisa mais assistir e minha sugestão aqui não valeu de
nada para você.
Abaixo: Allison Pill S2
Outra coisa
impressionante em Sorkin, é que ele escreve TODOS os episódios das duas séries.
Normalmente os criadores escrevem apenas alguns episódios, os outros são
escritos por roteiristas assistentes (tome como exemplo Alan Ball, que escreve
apenas três ou quatro episódios em algumas temporadas de True Blood e Six Feet
Under).
Resumindo, assista Studio 60 on the Sunset
Strip, e assista The Newsroom. Ambas podem soar um pouco “patriotas” as
vezes, mas são emocionantes, chocantes em algumas partes, geniais em outras e
empolgantes 100% do tempo.
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